Foto: Paulo Poeta / Um sofá - Centro Georges Pompidou - Paris - 2012 |
Não sou incerto,
nem certo.
Não estou longe,
nem perto.
Tem coisas que me
atrapalham
e atrapalhos que me
coisam.
Estou vivo,
mas tem horas que
estou morto:
De cansaço!
De amor!
E da vida que nunca
morre,
eu quero o
sentimento puro.
E de mim eu quero
um pedaço
de cada vez:
Um beijo,
uma palavra,
um abraço,
um pouco de amor,
um riso,
um olhar de desejo
ou apenas,
o meu cansaço...
...à espera de algo
sempre.
Qualquer coisa que
de mim reste
é resquício de mim
e qualquer coisa
que de mim parte,
reparte, assim, sem
um necessário fim,
como parte
incompleta do meu eu
que se completa no
próprio fato de existir.
A vida não é pouco,
eu sou um pouquinho
da vida
com muita vida
dentro de mim.
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