A vida é uma viagem fascinante que mistura paixão, arte e desejos. No fascínio das viagens você encontra pessoas, lugares, sabores e fatos. Este espaço é um diário de bordo que convida você a viajar a diferentes lugares, sendo levado a experimentar diferentes sabores, conhecer sob um aspecto especial pessoas já conhecidas e a encontrar pessoas que devem ser (re)conhecidas, tudo com fatos e fotos coloridos de muita poesia. Bem-vindo a bordo!
Vinicius
de Moraes, para o nosso orgulho, poeta brasileiro, compositor, dramaturgo, jornalista
e diplomata. Um homem versátil, de muita inteligência, escreveu poemas em
outras línguas, escreveu para adultos e crianças. Ficou conhecido como ‘poetinha’,
dizem que foi apelido dado por Tom Jobim, com quem compôs obras-primas da
Música Popular Brasileira, como é o caso de “Garota de Ipanema”. Célebre e
assumido boêmio, na poesia consagrou-se pelos sonetos e por sua temática
romântica, apaixonada e apaixonante.
O poeta continua cantado e
poetizado na nossa música e literatura, sendo eterno e universal como é sua poesia.
Todos o conhecem, mas não conhecem toda sua obra, sempre há algo novo a ler e
descobrir sobre o poetinha. Boa leitura e divirta-se com a poesia de Vinicius
de Moraes.
Hoje, na série “Escritores”,
sugiro um dos que é considerado o pai da literatura fanstástica. Miguel
de Cervantes, espanhol, um dos maiores escritores de todos os tempos.
Escreveu aquele que é considerado por alguns estudiosos e críticos literários o
melhor e mais famoso romance já escrito, Dom Quixote de La Mancha. Cervantes escreveu amor como ninguém e fez Dom
Quixote dizer por sua amada Ducineia: ”Nunca pense que seu amor é impossível,
nunca diga "eu não acredito no amor", a vida sempre nos surpreende.”
Essa
obra é a sua mais famosa, dividido entre o real e o imaginário, o escritor
narra as aventuras de um fidalgo apaixonado, que é o personagem principal (Dom
Quixote), sempre junto do seu servo e companheiro inseparável, Sancho Pança. Dom
Quixote representa o idealismo em tudo aquilo que se propõe, com um espírito
aventureiro e imaginativo. O contrário de Sancho, seu companheiro, que
representa tudo aquilo que é real e de bom senso.
Cervantes
é sem dúvida surpreendente e um dos maiores ícones da literatura de todos os
tempos. Merece ser lido, pois falar em
Cervantes é falar de amor e todas as suas possibilidades, pondo o medo num
canto de pouca atenção, ao exaltar tudo aquilo que o amor é capaz.
“A liberdade é um dos
dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros
que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela
liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.”
Venho trazer até vocês a
série “Escritores”. Quero apresentar alguns daqueles que gosto de ler. Trarei
notas simples e um resumo breve do indicado, mas tentarei fazer com frequência.
Tenho certeza que alguns deles já conhecidos e amados por vocês, outros novos e
igualmente fascinantes. As indicações não seguem nenhuma ordem de preferência. Também
não escolherei classes, estarão entre os nomes descritos: poetas, filósofos,
contistas, cronistas e toda sorte de escritores, porque o acredito mesmo é que cada
escritor, em sua maior expressão de fazer arte em forma de literatura, é de
tudo um pouco, sem limitações, sem denotações, pois assim é o mundo de quem
cria e escreve.
Antes de começar as
indicações dessa nova série “Escritores”, queria dizer que vou tentar
sintetizar o que e como o indicado escreve e nada passa de sugestões, porque
antes de qualquer coisa um leitor deve saber do que gosta, para onde quer
caminhar, pois as obras literárias, ou não, nada mais são que grandes passeios
em mundos que merecem ser desbravados. E os mundos são grandes e vastos,
diferentes em todas suas complexidades, alguns passeios serão agradáveis,
outros não, mas você é o responsável pelas escolhas. Tudo depende de momentos,
da forma como você compreende a obra e o seu autor e, o mais importante, como
você se percebe nesse conjunto de ideias e sensações, que nada mais é que a descrição
da sua própria invenção.
Arquivo da Internet
Começo
a série com Florbela Espanca. Poetisa
portuguesa, morreu muito cedo, com apenas 36 anos, mas dona de uma obra rica e
cheia sentimento. Escreveu com traços fortes e marcantes da feminilidade, tem
sua poesia desenhada por um característico erotismo e austeridade. Soube
transformar dores e tristezas em poesia de força e liberdade. Conhecida por uma
vasta produção de sonetos, tem alguns desses transformados em música, como é o
caso de “fanatismo”, no Brasil, linda música cantada por Raimundo Fagner.
Queria agradecer aos mais
de dois mil acessos em pouco mais de dois meses. Esse espaço, que criei com
ajuda do amigo e jornalista Dado Dardinheles, tem o objetivo único de partilhar
minhas ideias, minha poesia e impressões sobre coisas que vivo e lugares e
pessoas que conheço. Feliz por está sendo bem visitado por todos vocês que escrevem
e vivem comigo minha história. Desejo que minhas ideias e sensações possam de algum modo
acrescentar algo à vida e ao dia de cada um que visita este espaço. Meu muito
obrigado!
Antes de ontem (dia 04 de
março) eu postei aqui um artigo sobre Edith Piaf, sugerindo uma de suas músicas
que gosto muito, À quoi ça sert l’amour. Por uma incrível que pareça, coincidência ou não,
sem procurar nada sobre Piaf ou sobre essa música, estava a procurar curtas
franceses para me familiarizar com a língua, encontro o curta que compartilho
com vocês. Uma animação muito charmosa, atraente e divertida, agrada todos os gostos. Pra que serve o
amor? Encontre respostas...
Quero deixar hoje a dica
de um filme já um pouco antigo, mas muito emocionante e que, com certeza, vale
muito a pena assistir. Quem já assistiu há algum tempo, pois o filme foi
lançado em 1999, assista de novo – sempre é bom ver o mesmo com olhos
diferentes, mais de dez anos depois, pode ter certeza que essa emocionante
história não será mais a mesma. Com um elenco sensacional, Tom Hanks é a
estrela principal, fazendo o papel de Paul Edgecomb e Michael Clarke Duncan,
como coadjuvante interpreta John Coffey.
O filme narra a história
de Paul Edgecomb, um agente penitenciário, responsável pelo Bloco A (o corredor
da morte), numa penitenciária no estado da Louisiana nos anos 30 e é baseado na obra do célebre escritor norte-americano Stephen King. Paul Edgecomb passa por
várias provas que o põe num conflito moral que viria o atormentar pelo resto de
sua vida. A história é contada por ele em flashback, quando já está velho num asilo
e relembra com uma amiga tudo que viveu à época. Sua vida nunca mais seria a
mesma depois de conhecer John Coffey e, talvez, a de muitos que assistam esse filme.
John Coffey, interpretado por Michael Clarke
Duncan é um negro de formas avantajadas e que por isso já impõe medo e
desconfiança. Foi acusado de matar duas crianças brancas e por isso condenado a
morte. Contudo, como as aparências enganam, muita emoção, diversão e reflexão
há de acontecer durante essas quase três de horas de sessão e vocês poderão
conhecer o verdadeiro John Coffey.
Como toda boa história,
sempre ficam grandes lições. Para mim, as mais importantes foram: cuidado em
julgar pelo que se ver e a mais difícil, tentar compreender e aceitar quando em
determinados casos somos obrigados a fazer algo que vai contra tudo aquilo que
julgamos ser o correto e verdadeiro. Prepare o coração e uma boa porção de
pipocas!
O vídeo a seguir é um resumo e crítica sobre essa envolvente história que foi indicada a quatro Oscar's:
Cheio de orgulho, hoje
falo de um brasileiro, reverenciado pelo mundo até hoje e que jamais será esquecido
por seu legado. Herói de todos os tempos, Alberto Santos Dumont, o pai da
aviação, deu o melhor de si, ganhou os ares e a admiração de todos.
Proporcionou à humanidade a maravilha de diminuir fronteiras e fazer da arte de
voar algo acessível e possível. O que hoje parece simples e comum há poucos
mais de cem anos foi a realização do sonho de um ousado brasileiro nos ares de
Paris.
Filho de um magnata do
café, o menino Alberto foi cedo estudar na França e lá ele pôde pôr em prática
muitos dos seus inventos. O vídeo trará um pouco da vida e as conquistas aéreas
desse garoto de 1,63m (um metro e sessenta e três), pequeno na estatura mas muito
maior que sua própria vida como expressa o documentário. “Le Petit Santos”, como foi apelidado pelos franceses, era um
inventor nato, sendo ele responsável por inventos tão significativos e úteis,
como é o relógio de pulso – que muitos pensam ter sido inventado por Cartier,
que era amigo de Santos Dumont e apenas pôs em prática o desenho do brasileiro.
Arquivos da Internet
Como se percebe, esse cidadão
universal deixou um legado que vai da aeronáutica ao mundo da moda. Teve sua
sexualidade questionada, mas como figura pública e célebre em uma época não aberta a esse tipo de ideias e conceitos, jamais foi capaz
de assumir sua suposta bi ou homossexualidade. Após um acidente sério, ficou
impossibilitado de se arriscar aos voos que eram sua paixão. Adquiriu sérios
problemas psiquiátricos, o que o fez circular por inúmeros manicômios na
França. Com o início da 1ª Guerra Mundial, quando viu invento sendo usado pelas
forças armadas para matar e propagar desgraça ficou completamente abalado e
sentiu-se o verdadeiro responsável por todos os acontecimentos. Voltou ao Brasil para se tratar próximo da família.
Uma mente brilhante,
transformou-se numa mente doente. Célebre,
querido e admirado universalmente, um homem extremamente sociável,
transformou-se num homem solitário e recluso. Sua morte causou polêmica e para
manter sua imagem a mídia escondeu ou tentou desviar a verdade, dizendo que ele
teria morrido de um ataque cardíaco. Alberto Santos Dumont, tristemente e ainda
jovem, suicidou-se no quarto de um hotel, enforcando-se com uma gravata.
Esse brasileiro foi um dos
homens mais importantes do mundo, considerado pela maioria dos estudiosos o
maior nome do século XX, tornou real seu sonho de voar e fez o mundo acreditar
e desfrutar desse sonho. Honra eterna e vida para além de todos os séculos.
Viva, Alberto Santos Dumont! (O documentário a seguir, foi exibido pela GNT,
com o título "Asas da loucura". Assisti-lo é conhecer mais da
nossa história, no heroísmo de Alberto Santos Dumont.)
Uma música maravilhosa de
se escutar na clássica voz da inesquecível Edith Piaf, com seu último e
polêmico amor Théo Sarapo. A música é À
quoi ça sert l’amour (Pra que serve o amor), emocionante, com uma letra
linda, não a mais conhecida, mas é uma das minhas preferidas, além de que, não
sei porquê, hoje escutei ela várias vezes (risos). Recomendo, como
recomendo todos os seus outros grandes sucessos e todas as outras músicas menos conhecidas.
O vídeo a seguir foi feito pouco mais de um ano antes de sua morte. No vídeo, ela parece ter mais, mas
tinha só 46 anos e Théo apenas 26 anos. Théo morreu com a fama de ter se aproveitado
de Piaf, quando ela já estava debilitada e fragilizada pela doença, para
crescer na carreira, mas ele cuidou dela até sua morte e nada herdou, com a
exceção de uma dívida de 7 milhões de francos e o logo após o despejo do
apartamento em que viviam. Talvez, tenha herdado um pouco de prestígio, mas creio
merecido, Piaf era difícil e temperamental. Eu acredito sim que ele tinha um grande
amor por ela e uma imensurável admiração. E com relação à polêmica nos amores e
na vida, essas foram as características mais marcantes da biografia de Edith
Piaf.
Para os que não conhecem, Edith
Piaf foi uma cantora francesa, que viveu poucos anos (47), mas que se
imortalizou através da sua voz marcante e intensa, única. Fez fama no mundo
inteiro, com especial atenção ao sucesso obtido nos Estados Unidos em clássicos
espaços nova-iorquinos. Com grandes sucessos em sua língua pátria, o francês, ela também
cantou inglês e espanhol. Piaf conquistou o mundo da fama com uma voz autêntica e impactante. Teve uma vida
curta, mas extremamente polêmica e sempre cheia de novidades: amores, acidentes, vícios, viagens e muita emoção.
Dona de um carisma incontestável
e inexplicável, a pequena moça de origem pobre e de personalidade forte, cantou
até bem perto da sua morte. Frágil e debilitada, a voz de Piaf permanecia sã e
potente, capaz de continuar emocionando seu público que não perdia uma sequer
oportunidade de assistir aos seus espetáculos. Ela era baixinha, desengonçada,
despenteada, mas charmosa, encantadora e apaixonante, como toda estrela que
nasce estrela, e assim foi Piaf, ela nasceu para não morrer e sim para brilhar
eternamente.
Aos que se interessarem
pela vida e voz dessa francesa não deixem de assistir seu filme (Piaf um hino
ao amor) e vários de seus vídeos espalhados pela internet.