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Venho trazer até vocês a
série “Escritores”. Quero apresentar alguns daqueles que gosto de ler. Trarei
notas simples e um resumo breve do indicado, mas tentarei fazer com frequência.
Tenho certeza que alguns deles já conhecidos e amados por vocês, outros novos e
igualmente fascinantes. As indicações não seguem nenhuma ordem de preferência. Também
não escolherei classes, estarão entre os nomes descritos: poetas, filósofos,
contistas, cronistas e toda sorte de escritores, porque o acredito mesmo é que cada
escritor, em sua maior expressão de fazer arte em forma de literatura, é de
tudo um pouco, sem limitações, sem denotações, pois assim é o mundo de quem
cria e escreve.
Antes de começar as
indicações dessa nova série “Escritores”, queria dizer que vou tentar
sintetizar o que e como o indicado escreve e nada passa de sugestões, porque
antes de qualquer coisa um leitor deve saber do que gosta, para onde quer
caminhar, pois as obras literárias, ou não, nada mais são que grandes passeios
em mundos que merecem ser desbravados. E os mundos são grandes e vastos,
diferentes em todas suas complexidades, alguns passeios serão agradáveis,
outros não, mas você é o responsável pelas escolhas. Tudo depende de momentos,
da forma como você compreende a obra e o seu autor e, o mais importante, como
você se percebe nesse conjunto de ideias e sensações, que nada mais é que a descrição
da sua própria invenção.
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Começo
a série com Florbela Espanca. Poetisa
portuguesa, morreu muito cedo, com apenas 36 anos, mas dona de uma obra rica e
cheia sentimento. Escreveu com traços fortes e marcantes da feminilidade, tem
sua poesia desenhada por um característico erotismo e austeridade. Soube
transformar dores e tristezas em poesia de força e liberdade. Conhecida por uma
vasta produção de sonetos, tem alguns desses transformados em música, como é o
caso de “fanatismo”, no Brasil, linda música cantada por Raimundo Fagner.
FANATISMO
Minh’alma, de
sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam
cegos de te ver!
Não és sequer razão
de meu viver,
Pois que tu és já
toda a minha vida!
Não vejo nada assim
enlouquecida…
Passo no mundo, meu
Amor, a ler
No misterioso livro
do teu ser
A mesma história
tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é
frágil, tudo passa…”
Quando me dizem
isto, toda a graça
Duma boca divina
fala em mim!
E, olhos postos em
ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar
mundos, morrer astros,
Que tu és como
Deus: princípio e fim!…”
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