Total de visualizações de página

sábado, 12 de janeiro de 2013

SÓ O COMEÇO


Foto: Paulo Poeta
(O poema postado hoje foi escrito há exatamente um ano. Cinco dias depois de ter chegado à maravilhosa San Francisco, “SÓ O COMEÇO” representa um momento de transição da minha vida, um momento de novas concepções, de tentativas de autoconhecimento e amadurecimento. Que alguns possam se encontrar e encontrar amores e felicidades nos muitos começos que a vida nos proporciona.)

É só um começo!
Começou a festança,
é alegria e dança,
a luz acendeu,
acendeu meu amor...
O povo chegou,
a noite esquentou.
É só um começo,
um começo que canta
e encanta...
Tenho um nome novo,
e rio com os outros,
faço prosa e versos,
e busco o que amo,
e o que amo protesto,
é só um começo,
começou a festança.

Estou cheio de novidades,
um novo discurso,
carinho e vaidades,
e posso beber, fumar,
fazer tudo que quero,
mas nem quero,
nem fumo nem bebo,
eu posso escolher.
Eu escolho,
escolho o que quero,
a noite esquenta depressa,
e passa a pressa,
a espera passa sem demora,
passa o bondinho de San Francisco,
chega e passa um riso,
chega um amigo, uma alegria,
encho-me todo de utopias
e sonho mais e mais,
a toda hora, agora,
depois, mais tarde,
é sem hora tudo que quero.
Tudo é só começo,
sinto gosto e cheiro de novo,
começo gostoso
é o que espero.

É só começo, as palavras,
a espera, o tempo que tenho,
ainda tudo é doce,
feito o riso,
feito a alegria.
Tudo é bom,
como comer com fome,
beber com sede,
ler com vontade,
tudo é fruto de uma nova idade,
do ouro que se carrega,
da roupa que veste a vaidade.
Tudo tem tempo,
tudo é sem pressa,
tudo se resolve.
É só começo!

Tenho uma chave-mestra
que abre qualquer porta,
tenho várias portas,
tenho tempo...
Tenho vida que não cessa,
tenho desejo de eternidade,
e uma sede constante,
um oceano de chances,
um mar de vontades...
É só começo!

Porque eu grito,
grito o que eu quero,
ecoa no infinito minha vontade,
e toco constante minha vaidade,
porque eu canto,
porque eu danço
e faço o que eu quero,
porque eu quero,
eu tenho idade,
porque eu não canso,
não sei o que é morte,
nem o que é parar,
porque eu não paro,
é só começo!

Sozinho,
não me sinto só,
tenho minha poesia,
minha filosofia de vida,
meu teorema, minha teoria,
a companhia que quero,
e tenho noite
e tenho dia,
muito tempo me resta,
um cavalo me leva
para onde eu vou,
e vou como eu quero,
de marcha ou a galope,
em busca da sorte,
em busca do amor...

San Francisco, 12 de janeiro de 2012.

6 comentários:

  1. SEMPRE CHORO QUANDO LEIO COISAS DESSE TIPO. ACHEI SEU BLOG POR ACASO NO GOOGLE. LINDO, SIMPLES, SINGELO, POETA... AMEIIII

    ResponderExcluir
  2. Eu to aqui em São Paulo, mas meu coração está aí com vc nos Estados Unidos Paulinho. Pena nosso amor ter sido interrompido por minha viagem. Continuo te amando.

    ResponderExcluir
  3. Penso em ir a Natal apenas para roubar um beijo desse poeta. Q lindo, Q romântico, Q sensual....

    ResponderExcluir
  4. Paulo, já acompanhava seu trabalho no Ponto Zzero e adorava!! Agora, tudo juntinho num só local, ficou ainda mais legal. Meu lindo, parabéns e sucesso!!!

    ResponderExcluir