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Sempre fui certo de incertezas.
Tenho nas minhas veias mais que sangue
e na alma mais que dois motivos:
morte e vida. Sou mais que humano...
Eu não preciso beber do que me oferecem,
mas nem por isso deixo de beber. E sei:
o homem é mais que um cálice de vinho,
talvez ele seja duas garrafas, ou três...
Sempre me falaram dos bons poemas,
que deviam ser escritos em terceira pessoa,
eu teimo em os escrever em primeira
e, talvez, nunca sejam bons o suficiente,
É porque eu nunca vivi em terceira pessoa.
Nunca quis os rios de risos de outro poeta
e os versos fantásticos de outros amores.
Quero ser sentinela do que eu sinto...
Sempre fui de escrever o nosso riso,
o nosso amor e a minha solidão...
Sempre fui de fazer versos de saudade
e cantar verdades que trago no coração.
Já fiz e senti de tudo no meu mundo:
senti pena de mim mesmo,
já me senti sujo e imundo
e já fui rei feliz de outros reinos...
E a cada verso, cada poema;
cada problema e teorema de vida,
sinto que sou mais que humano
e menos que sagrado. O que sou?
...Talvez eu seja o resto de alguns versos,
ou talvez mais alguns que hei de compor,
quem sabe sou uma poesia desconexa:
que fala de sangue e de alma...
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